O fenômeno dos bebês reborn tem ganhado destaque, mas levanta preocupações que ultrapassam o campo psicológico. Embora essas réplicas realistas possam representar conforto emocional, o uso exagerado ou descontextualizado pode refletir um estado de alienação com impactos sociais e jurídicos.

Do ponto de vista da sociedade, surgem relatos de pessoas exigindo atendimento médico no SUS ou cobertura por planos de saúde para os “cuidados” desses bonecos, o que desvia recursos públicos e compromete o acesso de quem realmente necessita de assistência. Isso fere princípios constitucionais como o da eficiência na administração pública e do acesso universal à saúde.

No campo jurídico, o limite entre liberdade individual e uso indevido de serviços públicos ou privados começa a ser tensionado. Não se trata apenas de um gosto pessoal ou hobby, mas de comportamentos que, quando escapam do simbólico e invadem o espaço institucional, geram consequências reais para o coletivo.

É preciso equilibrar o acolhimento das necessidades emocionais com a responsabilidade social e jurídica, evitando que práticas simbólicas se tornem obstáculos à realidade e ao direito de outros cidadãos.

 

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